Inspirada na obra de uma das
maiores escritoras da literatura nacional, a Cia. do Abração coloca em cena o
espetáculo para crianças de todas as idades CLARICE MATOU OS PEIXES.
No palco, os personagens Clarão,
Clarito e Esclarecida, três divertidos “clowns”, relacionam entre si quem seria
o culpado pela morte de dois inocentes peixinhos. Na trajetória da trama, para
defenderem-se da acusação, recontam a ligação afetiva que cada personagem teve
com os seus animais de estimação. A peça Clarice Matou os Peixes levanta a
questão da relação com os bichos de estimação e o grande tabu entre os
espetáculos direcionados a crianças: como lidar com o sentimento da perda e com
a morte.
O desafio de levar à cena a
dramaticidade e sensibilidade aliadas ao universo infantil proporciona ao
público um espetáculo poético e único.
DURAÇÃO: 50 minutos
FAIXA ETÁRIA: crianças de todas as idades
A ideia central é proporcionar aos pequenos e grandes uma reflexão sobre a vida, a
importância das relações afetivas e o aprendizado que as perdas destes afetos,
durante nossa existência nos trazem. A inspiração para tratar este tema veio da
obra “A Mulher que Matou os Peixes”, conto escrito para crianças pela grande
escritora Clarice Lispector.
Os personagens Clarão,
Clarito e Esclarecida, três divertidos “clowns”, relacionam entre si quem seria
o culpado pela morte dos peixinhos. Na trajetória da trama, para defenderem-se
da acusação, recontam a ligação afetiva que cada personagem teve com os seus
animais de estimação. A peça Clarice Matou os Peixes levanta a questão da
relação com os bichos de estimação e o grande tabu entre os espetáculos
direcionados a crianças: como lidar com o sentimento da perda e com a morte.
Realizar este trabalho
liberta a vontade de querer falar sobre algumas situações difíceis que fazem
parte da arte de viver. Falar da perda de afetos, falar da morte e ao mesmo
tempo falar da vida e seus afetos. Mas falar de tudo isto com muito amor. Amor
de quem vive e ama a vida. Falar com poesia, em forma de gestos, sons,
palavras, música e cores.
O cenário e objetos de
cena são manipulados durante o espetáculo pelos atores, que os modificam,
resignificando os mesmos e desta forma, multiplicando a possibilidade de
interpretação, através dos mesmos elementos de cena.
A Cia. do Abração, sempre
fundamentada nos princípios sócio construtivistas que norteiam seu trabalho,
propõe um espetáculo sob as técnicas da contação de histórias, abstração e
manipulação de objetos e teatro de sombras, trazendo uma linguagem poética
simples e inventiva.
Através da pedagogia do
amor, que encontra suas bases no estudo desenvolvido pela pedagoga Maria Montessori,
a poesia é conduzida e traduzida pelos personagens “clowns”, acompanhada da
arte de abstração e manipulação de objetos do cotidiano e algumas inserções de
teatro de sombras, método que o grupo encontrou para traduzir o amor e conduzir
o espectador ao universo lúdico da criança.
A idéia de trabalhar com
estas técnicas teatrais artesanais, como a abstração de objetos surge da
observação da própria criança que naturalmente se utiliza destes para criar o
seu próprio imaginário, o seu lúdico “Faz-de-Conta”.
A busca pela simplicidade e poesia, próprias do
universo da criança, é proposta no cenário que traz três biombos de 1,20m X
2,0m cada, que ficam dispostos ao fundo do palco, e ambientam o espetáculo,
formando três peixes, desenhados em “patchwok”. Ainda compõem a cena estética,
três tubos azuis de tecido, que são manipulados em diferentes posições e
situações, durante a narrativa. Para completar o conceito dramático, uma
estante de vidro e alumínio sustenta pequenos potes de vidros com água e uma
simbólica máquina de escrever, em referência ao ofício da escritora Clarice
Lispector. A cor predominante é o azul, em seus variados tons, aludindo ao
elemento água, símbolo eleito para metaforizar a vida.
A concepção dos figurinos baseia-se na estética dos
clowns. Em cores vivas, ganham realce sobre o fundo de biombos azuis.
A trilha sonora é original, com canções compostas
especialmente para o espetáculo. Os atores tocam, cantam e dançam.
O processo de criação das
várias dramaturgias se deu através da criação coletiva do grupo, fazendo do
período de ensaio um verdadeiro laboratório de experimentação de objetos e
intenções. Este processo traz como resultado final um texto inovador e
original, onde coreografia, música e cenários se mesclam e se fundem em uma
única obra.
Este espetáculo de
linguagem estética simples, criativa e poética, pode ser apresentado em
qualquer espaço físico disponível. É a nossa forma de irmos contando estórias
para que elas nunca se acabem, cumprindo com o nosso papel, enquanto cidadãos,
para a democratização da arte e da cultura, promovendo a sua acessibilidade.
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